terça-feira, 20 de junho de 2017

Destino


Acreditas?

Atrevo-me a dizer que é algo real, algo presente, algo presenciado todas as noites e dias através do mais pequeno gesto maldoso ao maior ato de altruísmo.

Atrevo-me a dizer que foste a prova real disso.

Procurei-te, esperei-te, encontrei-te, amei-te e agora, odeio.. odeio-me. Tive uma paciência incansável, uma força de guerreiro e uma teimosia tremenda. Sentei-me em todos os bancos de todas as estações de comboio, deitei-me em todos os jardins, olhei todos os horizontes pisando a areia, escutei os búzios, escrevi ao mar, chamei-te em todos os cantos do mundo, respirei-te em cada suspiro, imaginei-te em cada sonho e em cada filme, chorei por ti. E nessa gota solitária, encontrava-se a esperança, a semente do passado, o fruto do futuro e a raiz do presente. 

Se fosse vidente, consultava as estrelas, mas com a minha sorte eu sempre soube que em mim, não irias ficar.

Ao contrário de todas as ideias, de todos os locais, de todos os momentos que com o tempo idealizei, conheci-te no espaço que nunca escrevi nem pintei numa tela. E contigo, veio uma maré de confusão.

Destino tramado, mostrou-me o fruto proibido da forma mais discreta, para no fim, roubar-me atenção sem jeito. Da melhor armadilha, fez dela mulher.

Num olhar, decifrou-me. Num sorriso, deu-me o seu norte em um caminho só de ida. Regras foram quebradas, precauções debaixo de um pano e pensamentos encobertos com adrenalina. Na melhor armadilha que alguma vez conheci, soltei tudo. Dei tudo. Fiz tudo. Amei com tudo.

Ecos, percorreram ventos que no tudo esteve a demasia, mas só tolos se enganariam de tal forma.
Em um homem que ama, não existe “demasiado”, existe apenas um amor sem limites, um sentimento que esperou uma eternidade para sair do armário, um desejo sem barreiras, um caminho só de ida. E a um homem desses, não se fecha a porta. Abre-se uma janela ou deitar uma parede abaixo se for necessário.

Todos nós iremos amar alguém, não interessa o tempo, não interessam as condições, não interessa nada porque no fim, ninguém o sabe controlar. E saltar de cabeça, não é estupidez, é um ato de amor.

Um inocente mas gigante, ato de amor.