Vou colocar-te numa pequena caixa feita de vidro, expor-te junto da janela do meu quarto onde possas ver o mundo como ele realmente é, onde consigas sentir as lembranças quentes do Sol, o perfume dela pelas correntes do vento, onde vejas essas pequenas montanhas que de longe nos cabem na palma da mão mas que dividem mundos, dividem conexões, dividem amores e paixões.
Vais ficar junto à janela, no seu parapeito, infelizmente do outro lado do vidro, do outro lado dessa horrível persiana para que eu não te possa ver, não te possa sentir batendo por mim, batendo por ela. Para que eu não sinta saudades tuas e por ventura sinta dela, para que não me dê a tentação de te agarrar e submeter-me às emoções, aos sentimentos.
Quero que saibas que vou deixar-te ao sol, no bom e belo conforto do calor para desfrutares do bom lado da vida.
Vou largar-te à chuva, no desagrado do cinzento molhado, para que entendas o que é ver o mundo chorar e não haver super-heróis que salvem o teu lar.
Não te vou prender à cruz, mas na mármore do parapeito, pregar-te para que leves com a intensidade do vento, com a força da natureza para que te sintas a ser empurrado para fora mas que por muita força, não te movas. Com isto, mentaliza-te que a força não supera o sentimento.
Irás ficar dia e noite, para que te mentalizes que um céu azul e um céu estrelado por vezes conseguem dar uma sensação de solidão imensa quando sozinho. E por último, que embora o Sol seja um eterno apaixonado pela Lua, o seu amor é proibido, mas ainda assim ele afoga-se todas as tardes, para que a Lua volte a respirar.
Com isto meu pequeno Coração, eu espero que entendas que não te quero mal, queimado, congelado ou rasgado em dois. Só preciso mesmo que depois disso tudo, sejas capaz de entender que isso é o amor, que pode ser um lugar calmo, quente e aconchegado mas o mesmo céu que brilha, torna-se escuro, silencioso, não são transições fáceis mas acontecem.
Por muito que queiras fugir, por muito que queiras correr, vais sentir-te sem chão, vais ter sempre uma sombra que te lembre dos contornos dela, um cheiro que te recorde o seu perfume favorito, um espelho que te mostre o abraço que outrora recebeste pelas costas, uma cidade com história, um olhar traiçoeiro.
Percebe que vais ficar aí por necessidade e não por gosto.
Vais ficar junto à janela, no seu parapeito, infelizmente do outro lado do vidro, do outro lado dessa horrível persiana para que eu não te possa ver, não te possa sentir batendo por mim, batendo por ela. Para que eu não sinta saudades tuas e por ventura sinta dela, para que não me dê a tentação de te agarrar e submeter-me às emoções, aos sentimentos.
Quero que saibas que vou deixar-te ao sol, no bom e belo conforto do calor para desfrutares do bom lado da vida.
Vou largar-te à chuva, no desagrado do cinzento molhado, para que entendas o que é ver o mundo chorar e não haver super-heróis que salvem o teu lar.
Não te vou prender à cruz, mas na mármore do parapeito, pregar-te para que leves com a intensidade do vento, com a força da natureza para que te sintas a ser empurrado para fora mas que por muita força, não te movas. Com isto, mentaliza-te que a força não supera o sentimento.
Irás ficar dia e noite, para que te mentalizes que um céu azul e um céu estrelado por vezes conseguem dar uma sensação de solidão imensa quando sozinho. E por último, que embora o Sol seja um eterno apaixonado pela Lua, o seu amor é proibido, mas ainda assim ele afoga-se todas as tardes, para que a Lua volte a respirar.
Com isto meu pequeno Coração, eu espero que entendas que não te quero mal, queimado, congelado ou rasgado em dois. Só preciso mesmo que depois disso tudo, sejas capaz de entender que isso é o amor, que pode ser um lugar calmo, quente e aconchegado mas o mesmo céu que brilha, torna-se escuro, silencioso, não são transições fáceis mas acontecem.
Por muito que queiras fugir, por muito que queiras correr, vais sentir-te sem chão, vais ter sempre uma sombra que te lembre dos contornos dela, um cheiro que te recorde o seu perfume favorito, um espelho que te mostre o abraço que outrora recebeste pelas costas, uma cidade com história, um olhar traiçoeiro.
Percebe que vais ficar aí por necessidade e não por gosto.
É que torna-se mais fácil lidar com um buraco aqui, do que com um Coração quebrado. Compreende-me e não me odeies. Cura-te e amadurece.
Isto não é um adeus, é um até já.