quarta-feira, 8 de abril de 2015

Minha Julieta

Minha Princesa, tu nem sequer pensas. Como tu, eu poderia ter as que quisesse, eventualmente, perderia a conta.

Eu podia facilmente ter aquela rapariga que me daria o carro do papá para eu conduzir ou aquela que tem necessidade de andar metro cada vez que vai para o emprego. Podia também ter uma mulher chique que tem medo de se sujar com o óleo do carro e aquela que sabe que para o carro andar, há que colocar gasolina.

Podia ter mulherões, que vão para o ginásio e tratam do seu corpo ou então, podia optar por ir pecar com uma rapariga que não sabe sequer o significado da palavra auto-estima.
Se me apetecesse, eu podia ter a empregada da confeitaria do lado. Ela insiste em dar-me sempre mal o troco somente para me fazer voltar atrás falar e por ventura, sorrir.

Podia engatar só com um piscar de olhos a médica mais jeitosa da clínica, é daquelas que só de a ver, o paciente fica logo acordado e vivo da silva! Mas não o faço.

De magrinhas a gordinhas, de pequeninas a altinhas, de africanas a branquelas, foste Tu quem eu escolhi, no meio de todas elas.

Eu decidi deitar fora todos os papelinhos do café, todos os piropos recebidos, todas as dicas e todos os olhares de tentativas de sedução, para esperar pelo teu olhar, pelo nosso cruzar e tomar a tua atenção.

Escolhi dispensar todos os cabelos, lisos, ondulados, rapados ou encaracolados, que sem dúvida alguma entravam nas publicidades da Frutis Granier. Para sentir o cheiro do teu, sentir cada caracol. Porque quando te vi e o vento te bateu, o meu tempo parou.

Escolhi dispensar todas as mãos bonitinhas, com as unhas arranjadas e vernizes para ter as tuas nas minhas. A cor de cada unha para mim é indiferente, porque as tuas mãos encaixavam nas minhas como peças feitas á medida para um puzzle. E tu sabes, isso foi, é, e será sempre um desafio.

Escolhi não experimentar outros lábios, se não os teus. Decidi não sentir outros corpos, se não o teu. O meu sonho de viajar, era e continua a ser, percorrer cada coordenada tua. E hoje, enquanto escrevo, imagino-te e dou por mim, a sorrir.

Não te vou negar, eu tenho mulheres, raparigas e meninas, atrás de mim. Provavelmente, à espera de um deslize do meu ser para atacarem se eu ceder. Mas eu, em qualquer vida minha, só te irei querer a ti.

Eu sou o cadeado e tu és a minha única chave.
Em qualquer história, tu irás sempre ser a minha Julieta, e com isso, eu te garanto.

Nós somos aquilo que sonhamos. E eu sonho contigo. Eu decidi ser feliz.

Amo-te.

2 comentários:

  1. essa deve ser a menina mais feliz à face do planeta. não sei quem és tu, mas obrigada por me fazeres acreditar.

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  2. Acredito que ela seja, mas infelizmente isso não é comigo nem depende de mim. Embora um amor tenha sido enorme, os caminhos foram diferentes. Mas obrigado!

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