Quando quiseres deixar de ver a vida por entre essa fechadura, quando
quiseres atrever-te a espreitar para fora, vais ver que nem todo o céu é
cinzento. Nem todo o vento é gelado e nem todas as estações são
profundamente negativas.
Quando
quiseres dar um passo na minha direção, eu não vou virar as costas mas
estender-te a mão.
Quando me olhares nos olhos, eu não vou fazer esse
joguinho de desviar e te olhar quando não vires. Não. Eu vou-te olhar
intensamente, vou desafiar a tua alma a um confronto de sinceridade, vou
despir-te por dentro e conhecer cada canto, cada esquina, cada vírgula,
cada entrave.
Quando me quiseres sentir, dar-te-ei o meu peito
para que oiças o bater do meu coração, cada bombear, cada fluxo, cada
nervosismo e por fim que voes pelo acalmar da minha respiração. Para que
sintas as borboletas dentro de mim, chamando por ti, implorando por ti.
Quando quiseres largar essa máscara e arriscar, eu estarei aqui. Esperando debaixo da lua, contando as estrelas.
Estarei
lá esperando por ti, para te mostrar porque com mais nenhum resultou.
Porque os caminhos vieram dar aqui, se cruzaram e esbarramos um no
outro. Porque desde que te vi, sinto-me mais completo e nada é ao acaso.
Na linha do tempo, o destino escreveu com letras douradas, tu e eu.
Quando quiseres ser feliz, sabes qual é a minha campainha …
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