sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Fervilhar na pele

Sinto-te debaixo da minha pele.
Não consigo mais disfarçar, não consigo 'desapaixonar'.
Sinto-te ao longe, sinto-te ao perto, sinto-te em qualquer lugar. Não sei o que fazer, mas também não quero mudar.
Quero-te aqui, ali e acolá, no sofá. Vamos ver um filme, está tempo de chuva. Eu sei como és caseira, que adoras estar em casa em tempos cinzentos e águarentos. Quero fazer aquilo que não fiz, quero ouvir aquilo que não ouvi, que não disseste. Quero tudo o que não tive. Quero-te.
Tornei-me metade do homem que era contigo.
Vi-te na outra noite, mas quando te fui falar, desapareceste. Mais um pesadelo disfarçado de sonho. Mais um acordar, nada risonho...
Desejo-te. Sinto a minha pele a fervilhar só de ouvir o teu nome, só de pensar em ti.
Vem. Não precisas de me amar, eu faço-o pelos dois. Apaixona-te só. Só um bocadinho. 
Desculpa ser egoista, mas sem ti muita coisa perdeu o sentido, o rumo devido.
Ver-te e não te falar, tocar. Isso é pior que me matar. 
Liga-me. Deixa-me viver 5 segundos. 5 pequenos segundos. 

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