sábado, 17 de janeiro de 2015

Um eco de milhares

Queria desabafar, escrevi mares de linhas e na maré elas se foram. Apagadas como memórias levadas pelo tempo, de quem algo viveu e não se arrependeu. Tenho vontade de falar tudo e pouco dizer, talvez palavras valham pouco, quando não se sabe como as escrever.
Antes de me deitar, vou vagueando nos pensamentos, revirando cada página, assitindo a cada capítulo, nada muda, por muito que roía os lábios, por muito que não queira soltar a lágrima que escorre e rebenta no travesseiro.
Em certos momentos que vou revivendo, ainda dá para sentir aquele nervosismo, aquele primeiro
olá que custa a sair mais que tudo, que é preciso ter força de leão para o dizer. Que saudades!
Que saudades de não ter responsabilidades, que tudo na vida era a música, a bola e os amigos.
Não havia mulher para desorientar.
Bem.. Como se foi tudo inverter? Como pode agora haver tal buraco na vida por se estar só?
O desporto ocupa mas não preenche, as saidas iluminam o momento mas a luz eventualmente acaba, nada é igual.
São fotografias diferentes em planos contraditórios.
Por isso, vem...
Não é preciso ir com pressa, sem beijo no primeiro encontro, sem pinga de desespero. Deixa conhecer de verdade, sem pressão, sem data marcada, sem frase decorada. Quem sabe com calma a gente se encaixe, se encontre, se entenda, se complete? Vamos ser crianças, reviver o tempo em que não havia pressa, que havia verdade nos olhos e um simples sorriso no rosto.
Talvez nada disto faça sentido, ou talvez faça. 
Vá divagando, diga asneiras. Afinal, os loucos são os melhores!

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