domingo, 18 de janeiro de 2015

O meu pecado

Ela não existe.
Seus traços banhados em ouro de visões celestes com um sorriso infernal, quem és tu para fazer de mim um pecador mortal?
Capaz de mover montanhas, capaz de clarear tempos de escuridão, não é menina, é um mulherão.
É impressionante a paz, que trás, sem dela se aperceber, é tão genuína que me faz crer.
Serás tu, um fruto da minha imaginação ou já cá estavas no meu coração, e eu cego não te dei atenção?
Por tempos pensei que teria acabado, mas do nada surgiste novamente. Guerreira que não desiste, marcante e triunfante.
És tu quem me orienta de norte a sul, nesse teu modo desajeitado, muito honestamente, é isso que me deixa deleitado.
Estou adorar este nosso joguinho, em criança, escondidinhas sempre foi o meu favorito.
Diz-me, como vai ser quando te apanhar? Vamos novamente nos olhar? Prometo que desta vez teremos connosco o mar.
Deixa o jogo ser o nosso segredo, tu e eu num cantinho, dar-te-ei o meu ombro e carinho.
Por fim, eu sei que te vais rir, mas lê agora com atenção. Foca-te lá no fundo, bem lá no fundo e vê com atenção.
Entendes o que quero dizer?
Por vezes, quando começa-mos uma pintura, ao inicio ela pode parecer um pouco falhada, talvez até sem muito nexo, assim como eu. Mas ao longo do tempo, ela vai ganhando traços, vai fazendo o seu caminho e acaba por ganhar cor, emoção. 
Desculpa, eu simplifico.
No meio de tanta confusão, já reparaste que fizeste de mim, o teu joão?

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